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NOVO FILME DA PREMIADA ATRIZ E DIRETORA ANA PETTA ESTREIA NA 49a MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA EM SÃO PAULO

Em AMORA, documentarista aborda a memória e as transformações da cidade quando a vilinha onde morava com os filhos em São Paulo estava prestes ser demolida 
AMORA -créditos Clementina filmes
AMORA -créditos Clementina filmes

Sessões do filme na 49ª. Mostra:

- Dia 16/10, quinta-feira, às 21h30, no Espaço Petrobras de Cinema;

- Dia 21/10, terça-feira, às 15h, no Cinesesc


Premiada no É Tudo Verdade de 2022 por Quando Falta o Ar, dirigido ao lado de sua irmã, a médicaHelena Petta, a diretora e atriz Ana Petta lançará seu novo documentário, AMORA, na 49a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que acontece entre 16 e 30 de outubro. O longa é uma produção da Clementina Filmes.
No filme, Ana parte de uma experiência pessoal e aborda questões como memória pessoal e urbana, e as transformações, nem sempre positivas, de uma cidade. Tudo começa quando ela, sua filha Maria de 10 anos, e seu filho de 4 anos, Pedro, ficam sabendo que a vila onde moram, no centro de São Paulo, será demolida para dar lugar a um prédio.  

Em AMORA, documentarista aborda a memória e as transformações da cidade quando a vilinha onde morava com os filhos em São Paulo estava pretes a ser demolida”

 

“Quando fui comunicada da demolição, comecei a filmar para ter a memória de um espaço que iria desaparecer, para que meus filhos pudessem ter imagens da casa onde nasceram. Mas quando comecei a observar como o Pedro tentava, através da imaginação de uma criança de 4 anos, elaborar o que estava acontecendo, percebi que tinha algo ali que deveria ser escutado por nós adultos.”

 

A partir dessa gênese do longa, narrado do ponto de vista de Pedro, Ana medita sobre os espaços urbanos, e a cidade que queremos para nós e nossos filhos. “Eu, Maria e Pedro fomos os últimos a sair da vila. Chegamos a viver meses sozinhos lá. Eu decidi fazer isso como forma de resistência à demolição e também para que as crianças tivessem tempo de elaborar o que estava acontecendo. Porque eu acho que a lutas grandes e pequenas formam a gente.”

 

Assim como Quando Falta o Ar, que aborda a pandemia de Covid-19 no Brasil, sob o olhar de trabalhadoras do SUS que estavam na linha de frente, AMORA é um filme de urgência, mas sob um prisma mais pessoal.


“Para esse documentário, me deu vontade de falar das pequenas coisas, dos lugares da imaginação, dos afetos, dos quintais, das coisas que aprendemos com as crianças e que estão fora da lógica do capitalismo financeiro. Fazer uma denúncia e ao mesmo tempo tentar fazer o espectador voltar um pouco para a própria infância. Penso que o olhar infantil de espanto para os absurdos do mundo pode nos ajudar a parar de naturalizar esses absurdos.”

 

A parceria com Paulo Celestino, na montagem, e Edson Secco, no desenho de som, foi fundamental para a construção da estética e sensibilidade do longa, marcado pela delicadeza e, também, por um mergulho na imaginação do pequeno Pedro. “Todos acontecimentos do “mundo dos adultos”, como a votação no Conpresp Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - são articuladas na montagem através da fabulação que ele criava pra elaborar o que estava vivendo.”


AMORA -créditos Clementina filmes
AMORA -créditos Clementina filmes

Com AMORA, Ana assinala que, a seu ver, somos um país que ainda não compreendeu profundamente a importância da construção da memória. “A demolição de espaços históricos e áreas verdes para construção de prédios sem função social é desesperador em SP. Mas acontece de alguma forma no país todo. Nossa elite viaja para Europa e fica admirada em ver como tudo é cuidado e preservado, mas aqui patrocina as demolições. Não é possível imaginar novos mundos sem quintais, sem espaços de  memória, natureza e beleza” 

Ainda em outubro, AMORA participa da seleção oficial do Festival Internacional de Documentários da Cidade do México 2025, o DocsMX, e do Atlantic Doc - Festival Internacional de Cine Documental de Uruguai.

 

 

AMORA

Brasil, 2025, 76min

Direção _ Ana Petta

Roteiro _ Ana Petta; Paulo Celestino

Montagem _ Paulo Celestino

Desenho de Som _ Edson Secco

 

Sinopse

Pedro tem 4 anos e mora com a irmã e a mãe em uma vila de casas no centro de São Paulo, onde a vida é feita de árvores, vizinhos e brincadeiras, quando chega a notícia de que tudo será demolido para dar lugar a um prédio. A narrativa segue os olhos atentos e a imaginação do menino, que registra a dor da separação dos amigos, os conflitos com a construtora e o esvaziamento das casas. Enquanto os moradores se mobilizam para preservar a memória daquele espaço.


AMORA -créditos Clementina filmes
AMORA -créditos Clementina filmes
Sobre Ana Petta

Formada em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo. Dirigiu, ao lado de Helena Petta, o documentário Quando Falta o Ar — vencedor do Prêmio de Melhor Documentário Brasileiro no É Tudo Verdade (2022), Melhor Filme do Júri Popular no Festival Audiovisual Mercosul de Florianópolis (2022) e Melhor Filme no Santos Film Fest (2023). É atriz e criadora da série de TV Unidade Básica(Globoplay), com três temporadas e Prêmio ABRA de melhor roteiro.

Codirigiu ainda Osvaldão (Mostra 2014). Foi idealizadora e produtora de Repare Bem (Mostra, 2012), premiado como Melhor Filme Estrangeiro pelo Júri e pela Crítica no Festival de Gramado (2013). Como atriz, atuou nos longas O Mundo Invisível (2011) e Trabalhar Cansa (2011).

 

Sobre a Clementina Filmes

A Clementina Filmes é uma produtora independente brasileira focada na criação de conteúdos e obras audiovisuais que possibilitem construir novos olhares sobre temas sociais e contemporâneos. Assina a coprodução do longa Quando Falta o Ar, vencedor de melhor documentário brasileiro do Festival É Tudo Verdade 2022, e qualificado ao OSCAR, e também a produção do documentário Osvaldão, selecionado para a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, em 2015.

A Clementina Filmes também desenvolveu e coproduziu as três temporadas da série de TV Unidade Básica, com a Gullane, exibida no GloboPlay e no Universal Channel, o que lhe rendeu o prêmio de melhor roteiro de série pela Associação Brasileira de Roteiristas, em 2017.


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