Crítica - Gloria (2024)

Eu seu filme de estréia na direção, competidor pelo Urso de Ouro no Festival de Berlim, a ja conceituada artista indie-pop Margherita Viccario, nos presenteia com uma visão única de um filme de drama musical, diferente de qualquer filme italiano que eu ja tenha visto.

Gloria

O filme Glória, se passa em um convento de garotas órfãs no século XVIII, que bastante reclusas do resto da sociedade decobrem um piano no porão do orfanato. E la a nossa protagonista Teresa (Galatea Bellugi), uma personagem muda com uma imaginação fértil para a musica começa a ter seus primeiros indícios de uma redescoberta pessoal dentro daquela confinada moradia.

Gloria

Entra então a personagem Lucia (Carlotta Gamba) que vem servir como uma visão diferente do que Teresa tenta musicalmente nos acordes por ela inventado no piano.

Nesse meio tempo o personagem, o mestre do orfanato e colocado como o antagonista Perlina (Paolo Rossi), recebe o aviso de que o Papa está vindo visitar o orfanato e pede para as garotas prepararem um número musical digno de orgulhar o mundo patriarcado que as cerca.

Gloria

Aqui o filme entra no ritmo de ensaios musicais tanto com o piano quanto nos afazeres do lar dessas garotas, e a pressão do mestre Perlina em agilizar os ensaios para essa ilustre visita, ameaçando se desfazer do piano caso as regras de ensaio não sejam cumpridas à risca.

A cinematografia e figurino representaram muito bem a época e ambiente que o filme se propõe a retratar, com uma ar de pintura renascentista, uma mistura de antigo com atual nos comportamentos das personagens dão uma sensação atemporal ao longa.

A trilha sonora nos envolve com ritmos de violino dignos de Vivaldi e Rossini

Gloria

Por fim temos um terceiro ato inesperado que arrancou gargalhadas da platéia, com situações inusitadas dignas de uma comédia slap-stick, uma luta musical de mulheres mostrando o seu lado criativo em frente à representantes masculinos de estado e religião, que ficam em choque com tamanha ousadia.