Crítica | Wicked: For Good (Parte 2) -˜Um final digno para uma história atemporal, um filme que celebra a amizade, a verdade e o poder de ver além das aparências."
- Lagoa Nerd
- há 4 horas
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critica por Caio Felipe (@artecinebr)
"Wicked: For Good (Parte 2)" celebra e finaliza de forma magistral a saga deste musical que encantou os palcos e, agora, as telonas. O segundo e último filme mergulha no clímax da história de Elphaba e Glinda, continuando exatamente de onde o primeiro parou: após a transformação chocante de Elphaba na "Bruxa Má do Oeste" e seu voo icônico, e a jornada de Glinda rumo a se tornar a "Bruxa Boa" amada por Oz.

A trama final concentra-se na intensificação do conflito entre a verdadeira natureza de Elphaba e a propaganda opressiva do Mágico, enquanto Glinda lida com a dor de perder sua amiga e o peso de suas escolhas. É o ato final onde as lealdades são testadas e a verdadeira maldade em Oz é revelada, culminando em um desfecho épico e emocionante.

Cynthia Erivo e Ariana Grande finalizam suas jornadas de forma magistral. O talento, a entrega e as performances musicais são de encher os olhos, provando que a espera valeu a pena para este encerramento. Erivo, com sua potência vocal inigualável, atinge novos patamares de emoção, enquanto Grande demonstra a evolução de Glinda, entregando uma performance doce e surpreendentemente dramática. Os fãs vão se divertir e, ao mesmo tempo, se emocionar em diversos momentos, pois o filme tem seus altos momentos de emoção, assim como algumas surpresas que deixarão o público vidrado do início ao fim.

O primor de um roteiro totalmente coeso e fluido que, ao mesmo tempo, entretém e faz o público mergulhar ainda mais neste universo. O diretor Jon M. Chu fez do segundo ato da peça um trabalho excepcional para as telas. A adaptação, que de fato é maior que a peça de teatro, realmente faz jus e celebra uma bela homenagem aos fãs, expandindo a magia de Oz sem perder a intimidade do drama central. Chu orquestra as emoções e os números musicais com grandiosidade cinematográfica.

No entanto, o único ponto negativo talvez seja a escolha da atriz Michelle Yeoh, que interpreta Madame Morrible. Infelizmente, ela não convence cantando nos seus números, mas tem uma presença profunda e imponente quando entra em cena. Talvez seja o respiro dessa atuação, ponderando que a atriz é, de fato, uma péssima cantora. Fora isso, tudo em "Wicked: Parte 2" é muito positivo. A maquiagem, os figurinos e a direção de arte só contemplam ainda mais do que já foi nos apresentado no primeiro filme, assim como os efeitos especiais, que estão fantásticos, tornando Oz um espetáculo visual digno de cinema.

Para garantir a autenticidade das performances, foi revelado que a maioria das canções foram gravadas ao vivo no set, o que confere uma emoção crua e intensa aos números. Outro fato interessante é que o set principal da Cidade Esmeralda, usado em ambos os filmes, é um dos maiores já construídos para um musical de Hollywood. Além disso, a canção "For Good" – que dá título à parte 2 – é um momento chave do filme e foi ensaiada por Erivo e Grande dezenas de vezes para garantir a química emocional perfeita na tela.

"Wicked: For Good (Parte 2)" é um final digno para uma história atemporal, um filme que celebra a amizade, a verdade e o poder de ver além das aparências. É um triunfo para o cinema musical.



