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Crítica | Predador : Terras Selvagens - “ o marco de renovação que redefine a franquia nos cinemas!”

crítmica por Caio Felipe


"**Predador - Terras Selvagens**" chega às telonas não apenas como um filme de ação para os fãs, mas como um marco de renovação para a franquia.


Pôster Credito Divukgacao
Pôster Credito Divukgacao

A produção, sob o comando do aclamado Dan Trachtenberg, inverte as regras do jogo, destacando-se por um **roteiro surpreendente** que coloca, pela primeira vez na saga principal, um *Yautja* (o Predador) como protagonista.


O grande mérito da narrativa reside em sua premissa ambiciosa: somos transportados para um *futuro distante e um planeta remoto - o mortal Genna - onde a criatura alienígena é a caçada, e não o caçador. A história acompanha Dek, um jovem Predador rejeitado por seu clã, o "nanico da ninhada", que foge para Genna em uma jornada traiçoeira. Seu objetivo é realizar uma caçada suprema e impossível: abater o Kalisk, uma criatura lendária e supostamente invencível, para provar seu valor ao clã e, em particular, ao seu pai, o líder. Essa jornada de rito de passagem e autoafirmação, ambientada em um planeta onde "tudo quer te matar", humaniza Dek, transformando a ação em uma ferramenta essencial para o desenvolvimento emocional do personagem, rompendo com o molde do vilão estoico e cruel.

Cena do filme  Credito Divukgacao
Cena do filme Credito Divukgacao

A trama ganha uma dimensão rica e inesperada com a introdução de **Thia** (Ellen Fanning), uma **andróide Weyland-Yutani** danificada. A parceria inusitada entre o Predador exilado e a sintética falante é o cerne emocional e a fonte do **humor na medida certa**. Thia, que funciona como uma guia perspicaz do planeta letal, oferece um contraste leve e, ao mesmo tempo, filosófico com a seriedade e o código de honra Yautja de Dek. Ela é o alívio bem-vindo, mas também a peça que desafia o protagonista, forçando-o a quebrar as regras de seu povo para sobreviver e alcançar seu objetivo. A química entre Fanning e o Predador é o motor que impulsiona a dinâmica "dupla de amigos improvável", elevando o filme para além da ação.


Créditos Divulgação
Créditos Divulgação

A **direção de Dan Trachtenberg é simplesmente impecável**, demonstrando um controle perfeito do ritmo. Ele alterna cenas de ação intensas - como os confrontos com a flora e a fauna letais de Genna - com momentos de respiro que aprofundam a relação Dek-Thia e a *construção de mundo. A decisão de ambientar o filme em um planeta alienígena e incluir a corporação Weyland-Yutani (do universo Alien*) injeta uma complexidade e um potencial de *lore* que ressoam com os fãs da ficção científica. A *fotografia e o design de produção exploram texturas e cores alienígenas, realçando o aspecto selvagem e imprevisível da narrativa. Os efeitos CGI são outro ponto alto, com sequências visuais impressionantes que complementam a ação sem nunca parecerem artificiais. O Predador, agora como herói, ganha um novo nível de detalhes em seus movimentos e armamentos.

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A performance de **Ellen Fanning como Thia é cheia de nuances e energia**, carregando o peso das emoções mais humanas da história. Ela se destaca em seu papel de "ferramenta" aliada, que na verdade é a bússola moral da dupla. Essa combinação entre roteiro afiado, direção precisa e cenários espetaculares cria uma atmosfera envolvente, que honra a tradição da caça brutal da franquia, ao mesmo tempo que a expande para um drama de aventura.

Créditos divulgação
Créditos divulgação

O final é de encher os olhos, fechando o ciclo de provação de Dek e Thia de maneira satisfatória, mas deixando uma ponta inteligentemente plantada para uma sequência que, com a presença de Weyland-Yutani, acena para um futuro vasto e cheio de expectativas para o cânone Alien vs. Predador.



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