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Dicas | Sete livros recomendados para as mamães

As dicas das obras com potencial terapêutico são da

especialista em Biblioterapia Carla Sousa 


Se a psicanálise defende a cura pela fala, a Biblioterapia busca o cuidado através da literatura. Nas vivências de Biblioterapia, um livro torna-se um objeto com poder de acolhimento e suporte no desenvolvimento pessoal. A mensagem literária, como toda subjetividade e profundidade, é utilizada a favor do autoconhecimento, sem concorrer ou substituir as terapias tradicionais. Uma das profissionais que é referência na área é a jornalista Carla Sousa. Apaixonada pela escrita e leitura, ela encontrou na Biblioterapia um propósito de vida. “A Biblioterapia transforma vidas a começar pela minha e de tantos profissionais que decidem trilhar essa jornada apaixonante para se tornarem multiplicadores dessa prática tão poderosa”, comenta a jornalista que, desde 2017, dedica-se exclusivamente às vivências e cursos de formação de Mediadores de Biblioterapia.


Carla Sousa_Credito Coraa Fotografia
Carla Sousa_Credito Coraa Fotografia

Com larga experiência no uso dos livros como instrumento de cuidado, Carla Sousa compartilha sete dicas de livros recomendados para as mães. Todos abordam o tema maternidade e têm potencial terapêutico. Dicas valiosas de leitura para as mamães e também para os filhos. "Os livros dessa lista já foram terapêuticos para mim em algum momento da minha maternidade. Mesmo antes de me tornar mãe eu já lia sobre o tema, até mesmo para entender de forma racional e emocional se a maternidade seria para mim. A literatura tem esse poder de nos colocar diante de uma realidade diferente da nossa, nos fazer refletir, nos emocionar e até mesmo conduzir a uma mudança de atitude", pontua a especialista em Biblioterapia Carla Sousa.


MÃE Cris Guerra , Ilustração: Anna Cunha / Editora: Miguilim



Até ler este livro da Cris Guerra, eu achava que "mãe" era palavra sem sinônimo. Para mim, a experiência da maternidade era algo que não cabia no espaço apertado das frases: fazia parte do universo das coisas mágicas - imensuráveis e impossíveis de descrever. Mas Cris escreve com a alma. E foi de lá que trouxe cada sentimento e cada sílaba que aparecem aqui. Traduziu o intraduzível. E fica difícil a gente não se emocionar e pensar: como é que ela conseguiu dizer tanto em tão poucas linhas? Este é um livro para ler sem pressa, com tempo para sentir, e depois reler quantas vezes for preciso. Quem é mãe irá se identificar com cada palavra. E todo leitor ou leitora aprenderá a amar ainda mais estas criaturas especialistas em operar milagres, "fadas do beijo", como as chama Cris, capazes de transformar o cotidiano em poesia. Leila Ferreira - Jornalista e Escritora.


A LUZ DA MATERNINDADE Fernanda Carvalho / Inverso



Este livro nasceu de uma experiência extraordinária de parto natural. Nasceu do brilho no olhar já cansado do médico Gerson de Barros Mascarenhas ao constatar, aos 90 anos, que a tese que defendeu até o fim da vida funcionava, mesmo quando já não atuava mais como obstetra.


MÃE RECÉM-NASCIDA Thaís Vilarinho / BUZ



É sempre sobre o bebê. Livros e mais livros sobre o bebê. Tem também diários e mais diários. Do bebê. Mas e a mãe que acabou de nascer? Aqui está. Algo para você. Algo que é meio livro, meio diário, meio conversa entre amigas. É meio conforto, meio direção para você se conectar com seu instinto e se reconectar com sua identidade. É meio choque de realidade, meio cafuné. É meio incentivo, meio desabafo. Um chacoalhão, um abraço apertado. Sinceridade. Norte. Amor.




O novo livro da autora de Pra quando você acordar: uma declaração de amor a uma mãe que parece se perder a cada dia. Por anos, a escritora e professora Bettina Bopp conviveu com a doença degenerativa de sua mãe.

Ao longo desse tempo em que, que, aos poucos, parecia dissolver o que restava de uma personalidade e uma inteligência antes vibrantes, Bettina colecionou frases – muitas vezes repletas de poesia e de um lirismo inesperado – que a mãe soltava a seus cuidados. A cada uma delas, Bettina acrescentou uma crônica curta, de cunho inspiracional e afetivo, em que fala de seu amor pela mãe, mas também de temas universais como a relação entre mães e filhas, a memória, o carinho, o sentido da vida e a inexorabilidade da morte. Dessa compilação nasceu Afetos colaterais.


MATERNIDADE- Sheila Heti / Companhia das Letras



Em Maternidade , Sheila Heti reflete sobre os ganhos e as perdas para uma mulher que decide se tornar mãe, tratando a decisão que mais traz consequências na vida adulta com a franqueza, a originalidade e o humor que lhe renderam reconhecimento internacional por seu livro anterior, How Should a Person Be? .Ao se aproximar dos quarenta anos, numa fase em que todas as suas amigas se perguntam quando irão ter filhos, a narradora do romance intimista e urgente de Heti ― no limiar entre a ficção e autorreflexão ― questiona se aquela é uma experiência que ela quer ter. Numa narrativa que se estende ao longo de muitos anos, moldada a partir de conversas com seus pares e seu parceiro e de sua relação com os pais, ela se vê em um embate para fazer uma escolha sábia e coerente. Depois de buscar ajuda na filosofia, no próprio corpo, no misticismo e no acaso, ela descobre a resposta num lugar bem mais familiar do que imaginaria.


A FILHA PERDIDA Elena Ferrante / Intrínseca



acompanha os sentimentos conflitantes de uma professora universitária de meia-idade, Leda, que, aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, decide tirar férias no litoral sul da Itália. Logo nos primeiros dias na praia, ela volta toda a sua atenção para uma ruidosa família de napolitanos, em especial para Nina, a jovem mãe de uma menininha chamada Elena que sempre está acompanhada de sua boneca. Cercada pelos parentes autoritários e imersa nos cuidados com a filha, Nina parece perfeitamente à vontade no papel de mãe e faz Leda se lembrar de si mesma quando jovem e cheia de expectativas. A aproximação das duas, no entanto, desencadeia em Leda uma enxurrada de lembranças da própria vida ― e de segredos que ela nunca conseguiu revelar a ninguém.


VOCÊ NUNCA MAIS VAI FICAR SOZINHA Tati Bernardi / Companhia das Letras



Aos trinta e cinco anos, Karine faz roteiros para prêmios como “Você Faz a Diferença no Setor Têxtil” ou “Prêmio Nacional de Saúde Bucal”. O emprego que não a satisfaz intelectualmente ― seu sonho é escrever para o cinema ― permitiu ao menos que ela saísse de seu bairro natal, o Belenzinho. Sua obsessão com sucesso financeiro é o caminho mais curto que encontrou na tentativa desesperada de se afastar da vida tacanha e neurótica de sua família.


“Você nunca mais vai ficar sozinha” é a frase que ela ouve de sua mãe quando conta que está grávida de uma menina. Hipocondríaca, ela cumpre com rigor a rotina de exames pré-natais. Em intermináveis conversas com sua enfermeira predileta, Karine rememora episódios da turbulenta relação com a mãe, maldiz as agruras da gestação e antecipa o amor e os medos da maternidade.


O novo livro de Tati Bernardi tem a química explosiva que só ela sabe produzir: altas doses de humor, neurose e cinismo, costuradas numa prosa ágil e inteligente que confere humanidade e empatia aos personagens mais improváveis. Neste romance intenso e hilariante, a ideia do fim da solidão que o nascimento de uma filha pode trazer parece ser ao mesmo tempo um bálsamo e uma danação.

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