“Livros Restantes”, novo longa estrelado por Denise Fraga e dirigido por Marcia Paraiso, chega aos cinemas no dia 11 de Dezembro

Terceiro longa da diretora, uma coprodução Brasil–Portugal, fala sobre a mudança radical na vida de uma mulher 50+ e a literatura como lugar de memória

“Livros Restantes”,

“Livros Restantes”, novo longa da diretora Marcia Paraiso, estrelado por Denise Fraga, estreia nos cinemas no dia 11 de dezembro. Uma produção da Plural Filmes, com coprodução da Filmógrafo e distribuição da H2O Films. O filme apresenta um olhar sensível sobre a coragem de uma mulher em mudar radicalmente de vida depois dos 50 anos.  O elenco também conta com Augusto Madeira e atores catarinenses de grande reconhecimento como Renato Turnes, Vanderleia Will, entre outros. 

O filme destaca a presença feminina por trás das câmeras. Com uma equipe composta majoritariamente por mulheres nas principais funções como direção, direção de fotografia, som direto, direção de arte, produção e montagem, o filme reafirma a presença do protagonismo feminino no cinema ibero-americano contemporâneo. Rodado no bairro da Barra da Lagoa, uma comunidade pesqueira de Florianópolis, e em Aveiro, Portugal, a frase “fale de sua aldeia e estará falando do mundo” é a síntese dos sentimentos postos no longa. 

A diretora Marcia Paraiso, com larga produção documental e reconhecida por levar temáticas sociais para a ficção, segue consolidando sua trajetória no cinema. Enquanto celebrava o lançamento de  “Alegria do Amor”, vencedor do prêmio de melhor filme pelo júri popular no Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade, já estava em gravações de seu terceiro longa de ficção. Além da direção, Marcia também assina o roteiro original da obra. 

“Queria muito falar sobre essa etapa, de quando nos tornamos invisíveis, mas a partir da mudança da personagem protagonista, o último mês que antecede sua ida para viver em Portugal.  “Livros Restantes” fala dessa preparação, do tempo que antecede uma revolução em sua vida. Acredito que, ao longo da história que desenhamos e escrevemos sobre nós, aqueles que são ligados aos livros, quase que, numa reação automática, conseguem relacionar momentos importantes de sua vida ao conteúdo que liam, exatamente naqueles instantes. Muitas histórias pessoais e subjetivas são marcadas pelos amores, livros, lugares e filmes. Livros Restantes apresenta justamente essa relação da protagonista com a literatura para tratar de sentimentos humanos”, aponta a diretora e autora.

O filme acompanha Ana Catarina, uma mulher 50+, que viveu a vida à beira-mar, em uma comunidade pesqueira em Florianópolis.  Às vésperas de partir para outro país, de todas as coisas que tinha e que precisava se desvencilhar, restaram cinco livros. Com dedicatórias, cheiros e marcas, Ana não consegue doá-los e decide devolvê-los para quem a presenteou. Os reencontros, alguns passados 20 anos, mexem com sua memória, fazendo-a refletir sobre o passado para poder seguir em frente.

“Livros Restantes” é uma coprodução Brasil-Portugal com a Plural Filmes,  que tem viabilizado projetos seguindo o modelo de coprodução internacional. “Lua em Sagitário”, primeiro longa de Marcia Paraiso, foi uma coprodução com Argentina, assim como a série “Submersos” e, em breve, “Koch”, uma coprodução com o Uruguai, já em finalização. Financiado por editais no Brasil, o filme contou, ainda na etapa de projeto, com a tutoria do Mafiz, a área de indústria do Festival de Málaga (Espanha) e do programa “Punto G – Ventana Sur” (Argentina), espaço dedicado a projetos de longas-metragens de ficção em desenvolvimento dirigidos por mulheres e pessoas não-binárias. 

Veja o trailer oficial: 

SINOPSE LONGA

Depois de toda uma vida em uma comunidade de pesca em Florianópolis, a professora Ana Catarina prepara-se para mudar para Portugal. Entre desapegos materiais e muitas decisões, a mais desafiadora é se desvencilhar de 5 livros, que guardam dedicatórias de amigos que foram importantes, em diferentes momentos de sua vida. Ana decide reencontrar aqueles que a presentearam, entregando esses livros para que os guardem, quem sabe até uma possível volta, quem sabe para sempre. Os reencontros, alguns passados 20 anos, mexem nas profundezas de sua memória, fazendo-a refletir sobre o passado para seguir em frente na nova vida. O que Ana não previa era o impacto desses reencontros, de revirar o passado, reviver emoções e encontrar não os amigos de anos atrás, mas as pessoas em quem se transformaram. Essa entrega de livros acaba por mexer no presente e impulsionar Ana Catarina para que repense e resolva questões guardadas nas profundezas de sua memória, traumas que carrega, situações adormecidas e silenciadas. Só se rearrumando ela vai conseguir, de fato, resolver o passado, viver o presente e fazer do futuro um caminho libertário.

SINOPSE CURTA

Cinco livros na estante é o que restou de todas as coisas que Ana Catarina teve que desapegar antes da mudança para Portugal. Com dedicatórias, cheiros e marcas, Ana não consegue doá-los e decide devolvê-los para quem a presenteou. Os reencontros, alguns passados 20 anos, mexem com sua memória, fazendo-a refletir sobre o passado para poder seguir em frente.

ELENCO

Denise Fraga

Augusto Madeira

Renato Turnes

Vanderleia Will

Andrea Buzato

Marcinho Gonzaga

Manuela Campagna

Paulo Vasilescu

Severo Cruz

Joana dos Santos

Adriano de Brito

Sarah Motta

FICHA TÉCNICA

Direção e Roteiro: Marcia Paraiso

Direção Fotografia: Kike Kreuger

Montagem: Nara Hailer

Trilha Sonora Original: Marcelo Portela

Som Direto: Ju Baratieri

Mixagem de Som: Guy Wenger

Direção de Arte: Cleo Rosa 

Caracterização: Gabriela Brandão 

Figurino: Marla Coelho

Coordenação de Produção: Laila Di Pietro

Direção de Produção: Natasha Silva

Produção Executiva: Helio Levcovitz, Ralf Tambke e Antonio Valente

Produção: Plural Filmes

Coprodução: Filmógrafo

Distribuição: H2O Films

MARCIA PARAISO | Diretora 

Marcia Paraiso atua no audiovisual desde a década de 90. Possui um catálogo de realizações que privilegiam documentários com temáticas relacionadas à cultura popular, populações tradicionais e questões agrárias, e títulos abordados na ficção que vão de encontro a essa coerência ideológica. Dirigiu e coroteirizou os longas de ficção “Alegria do Amor”, eleito melhor filme de público no Mix Brasil, Festival de Cultura da Diversidade, e “Lua em Sagitário” em 2016 – vencedor do prêmio Ibermedia e realizado em coprodução com a Argentina. O filme ganhou o prêmio de melhor filme de tematica juvenil no Festin – Festival de Língua Portuguesa, em Lisboa. Dirigiu a série “Submersos” (2020), que teve 13 episódios e foi uma coprodução com a Paramount Channel Brasil e com a Argentina. Marcia também dirigiu os documentários “Terra Cabocla” (2015), “A maravilha do século” (2019), “Sobre sonhos e liberdade” (2020 – uma coproducao com Portugal e Canal Curta) e “Luta da Erva” (2024). É também diretora das séries “Invencoes da Alma”, “Visceral Brasil – as veias abertas da música” e "Floresta – onde a terra respira", além de dirigir diversos curtas-metragens de documentário e ficção.  

AUGUSTO MADEIRA | Carlos Henrique 

Ator há 39 anos, tem 13 prêmios de melhor ator em cinema (Festival do Rio, GPBrasil, Gramado, Brasília, Recife, Buenos Aires, LABriff, Overcome, entre outros). Já participou de 145 filmes, entre curtas e longas, onde se destacam: “Um lobo entre cisnes”,  “Enforcados”, “Maníaco do Parque”, ”Chico Bento”, “A menina que matou os pais”, “A Divisão”, “Bingo”, “O beijo no asfalto”, “Nise, o coração da loucura“, “Sudoeste”, “Xingu”, “Vips”, “Blackout”, ”Os Desafinados”, “Tropa de elite”, “Carlota Joaquina”, “Villa-Lobos, uma vida de paixão”, “O Xangô de Baker Street”, “Conspiração do Silêncio”, “Caminho das nuvens”.  No Teatro, fez 55 espetáculos. Na televisão já são 91 participações em programas, novelas e séries de TV ou streaming: “Três Graças”, “Beleza Fatal”, “Da ponte pra lá”, “Glória”, “Encantado’s”, “Um dia qualquer”, “Nos tempos do imperador”, “Ninguém tá olhando”, “Pico da neblina”, “O homem da sua vida”, “Crime Time-Hora de perigo”, “O mecanismo”, “Me chame Bruna”, “Zorra”, “Vendemos cadeiras”, “Cilada”, “O Sistema”, “Casos e acasos”. 

PLURAL FILMES | Produtora

Com 30 anos de atuação na produção de conteúdo independente, possui centenas de realizações , entre séries, longas e curtas, abordando temas que potencializam a diversidade da cultura brasileira. As mais recentes produções são o longa-metragem de ficção Alegria do Amor, vencedor do filme do público no Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade 2024 e a série Invenções da Alma, em coprodução com o Canal Arte1, já em sua terceira temporada. Ainda em seu catálogo, a série Submersos, uma coprodução com a Paramount Brasil e Argentina, os longas documentais Luta da Erva, melhor filme documentário para TV no Festival de Avanca (Portugal), Bravos valentes, vaqueiros do Brasil (melhor montagem Festival Cinema na Fronteira), Sobre Sonhos e liberdade (coprodução com Portugal – Melhor filme em língua portuguesa Festival de Cinema Ambiental da Serra da Estrela - Portugal) e Lupicínio Rodrigues, confissões de um sofredor (melhor montagem no Fest Aruanda do Audiovisual). Em novembro de 2025 será lançado nos cinemas o longa-metragem Livros Restantes. Atualmente a produtora finaliza  o longa Koch, em coprodução e previsão de estreia em 2026, e produz Aconteceu em Janeiro, uma coprodução com o Panamá com filmagens em dezembro de 2025.

H2O FILMS | Distribuidora 

Fundada em 2012, a H2O Films é uma distribuidora brasileira que já lançou mais de 80 títulos de gêneros que vão do documentário musical às comédias populares, passando por filmes de família e de arte. Entre eles estão: “Cássia Eller”, de Paulo Henrique Fontenelle, um dos documentários mais bem-sucedidos de mercado e de crítica; “Vai Que Cola - O Filme”, a maior bilheteria de abertura nacional de 2015 com mais de 3,2 milhões de espectadores; a franquia protagonizada por Marcus Majella, “Um Tio Quase Perfeito” e “Um Tio Quase Perfeito 2”; o show “Roberto Carlos em Jerusalém 3D” que fez mais de 70 mil de público; o último filme do mestre Cacá Diegues, “O Grande Circo Místico”, indicado pelo Brasil a concorrer a uma vaga ao Oscar em 2019. Outros títulos de destaque são “Pérola”, de Murilo Benício; “Ó Paí, Ó 2", com Lázaro Ramos e grande elenco; “Virgínia e Adelaide”, de Jorge Furtado e Yasmim Thayná; “Aumenta que é rock'n'roll", de Tomás Portella, que foi o grande vencedor da 27ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, conquistando o Troféu Jangada de Melhor Filme e o Prêmio do Júri Jovem. Já o “O Auto da Compadecida 2”, de Flávia Lacerda e Guel Arraes, se consagrou como a maior estreia de um filme brasileiro em 2024 e levou mais de 4,3 milhões de pessoas aos cinemas brasileiros.