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Crítica| A Hora do Mal (Weapons)

A Hora do Mal, dirigido por Zach Cregger (Noites Brutais), traz uma narrativa entrelaçada pelo ponto de vista de vários personagens envolvidos no acontecimento da trama, o desaparecimento repentino de 17 crianças de uma única sala de aula.

O filme primeiramente foca na personagem Justine Gandy (Julia Garner), que é a professora dessa classe específica em que apenas um aluno comparece no dia do desaparecimento coletivo.


A Hora do Mal (Weapons)
A Hora do Mal (Weapons)

O ponto de vista dela é o principal, e a camera faz questão de nos colocar nos olhos dela com steadycam, somos apresentados aos personagens principais que vão nos acompanhar nesses dias de suspense e horror, acompanhando alguns de seus percursos, vemos os olhares hostis dos moradores da cidade, os olhares de pena dos colegas de trabalho, seus vícios e seus medos.


A Hora do Mal (Weapons)
A Hora do Mal (Weapons)

No segundo capitulo da história somos apresentados a Archer Graff (Josh Brolin), um morador da cidade, personagem movido pela fúria contra a professora e a dor do desaparecimento do filho, os ângulos de câmera fazem uma repetição de seu curso e os encontros ao acaso com a personagens envolvidos na trama.

Aqui temos uma visão de alguém que tem um ponto de vista diferente sobre os desaparecimentos e faz questão de deixar externo os sentimentos de dor e raiva.


A Hora do Mal (Weapons)
A Hora do Mal (Weapons)

A narrativa se expande pelo ângulo de vista de 6 personagens em ritmo de episódios, mas sempre se mantendo no mesmo tempo em que as outras tramas se desenvolvem, vemos um personagem fazendo algo e mais à frente vemos ele fazendo esse algo pelo seu ponto de vista ou pelo ponto de vista da atual visão sendo desenvolvida.

A ambientação tem seu charme comparável a IT A Coisa, uma cidadezinha, com fronteiras limitadas à densas florestas deixa o ar de mistério mais contido a um nivel claustrofóbico.


A Hora do Mal (Weapons)
A Hora do Mal (Weapons)

Não da pra se dizer muito da trama sem evitar spoilers, o ato final é uma surpresa sem igual nos filmes de horror, a misteriosa personagem interpretada por Amy Madigan rouba a cena, com seu peso de maldade e carisma, dependendo do ambiente em que ela se encontra.

A trilha sonora faz sua parte com ritmos de tambores, o que foge bastante dos violinos e teclados tipicos de filmes atuais de horror.

A fotografia segue o padrão de tons verdes, marrom e cinza, trazendo o tom amadeirado dos filmes da ultima década, os ângulos de câmera que trazem o diferencial, um perseguição policial muito bem feita deve ter sido muito ensaiada pra dar certo, ja que como dito no começo a Steadycam se faz presente no acompanhamento de certos pontos chaves dos personagens do qual o capítulo está contando a história.


A Hora do Mal (Weapons)
A Hora do Mal (2025)

O ano de 2025 está bem representado com o horror, sendo filmes de franquias ou originais como esse, cada platéia tem seus gostos sendo representados devidamente com respeito a legados e influências, mesmo nesse aqui que traz um pouco de Silent Hill Homecoming, Evil Dead e IT A Coisa, traz a história sendo contada com sua própria originalidade e mesmo assim consegue se sobressair às influências e pisar no seu próprio chão e respirar em seu próprio ambiente.


A Hora do Mal (2025)
A Hora do Mal (2025)

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